terça-feira, 2 de setembro de 2008

Colonização

O reino urgia novas fronteiras. Uma marca e bandeiras fincadas iniciavam a busca por dentre as terras. Muita gana era impelida e precisos foram muitos barris de alabastro para carregar de volta ervas e extraçõesperfumosas de flores e plantas do princípio regio ainda sem nome. Um novo caminho era montado, circunspectado pela navegação dos ventos sempre elísios, perfeitos na linha do litoral, em lindas encostas e aparentes curvas. Em sua fronte algum suor derramado posto que o calor daqueles dias e movimentos mexessem com os músculos embora não causasse nenhuma exaustão, e, sabido era que todo cansaço ficava por baixo da chuva, vezes pelo frescor que descia da boca da noite ao som de orquestras de rãs e som de pássaros de assobios. O húmus fazia brotar rapidamente qualquer cultura, as de comer e as de enfeitar. E um campo de girassóis abria-se orvalhadamente em meio a raízes quase sempre comestíveis, plantadas a ermo já que as medidas e limites passavam inexistentes. A pesca, nunca rara, produzia os melhores filões do mar. Os mariscos denotavam algum sal à sensação mais doce de ali se possuir, sejam os ventos, texturas e lugares vivos de sol a sol. As primeiras habitações subiram modestas e logo um pequeno palácio possuía os vestígios de alguns nobres, reconhecidos imediatamente pelos já nativos do lugar. A corte nova formava-se devagar, na medida em que uns e outros se tornavam convivas pelas suas funções diletantes e de prendas. Em meados de maio se enroscavam para abrigar a nova colônia nascente. Depois de ascendido o projeto úrbico, podem até chamar de perfume, mas que era colônia, ah isso era.

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