Eu tenho uma garganta de chuva
para conversar com os anjos do céu
E ouví-los
só feito calango
com o mesmo empenho
No silêncio das frestas desérticas
Em terras não sabidas
Que quase são como tempestades
As mesmas que se esquecem de nós
como as nuvens se esquecem das águas
quinta-feira, 21 de julho de 2011
sábado, 16 de julho de 2011
Eis que me
Esmagado, cresci
Sangrando, melhorei
Doido, me curei
Manter, não mantive
Os olhos no brilho
O foco no riso
Valeu, mas valeu
Cada noite mal dormida
Os céus de abril
A vesga trave do meu olho
E o desgosto de aturar
A minha criança
Choramingosa
Acabando com minha madrugada
E eis que me
Torso arrependido
Desculpa, por ser perturbado
Eu, me desculpe
Não faço mais isso
Ela ficou ali
Em seu frêmito espelho
De nuvens, de hélio
De longe, de há muito tempo
Bons tempos
Sangrando, melhorei
Doido, me curei
Manter, não mantive
Os olhos no brilho
O foco no riso
Valeu, mas valeu
Cada noite mal dormida
Os céus de abril
A vesga trave do meu olho
E o desgosto de aturar
A minha criança
Choramingosa
Acabando com minha madrugada
E eis que me
Torso arrependido
Desculpa, por ser perturbado
Eu, me desculpe
Não faço mais isso
Ela ficou ali
Em seu frêmito espelho
De nuvens, de hélio
De longe, de há muito tempo
Bons tempos
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Palmas pro palhaço
É preciso ser palhaço
Sem graça
Homem riscado do mapa
Despatriado ou exilado
Qualquer coisa serve
Mas não é possível errar
sem antes se consumir em poesia
sem fazer letras como quem sangra
ou soltar a voz como quem nega
não há razão pra rever
um cantador não devoto
Enquanto esse não se confundir
Com seus afetos rendidos
Com suas ruas malditas
Nos braços de sua mulher
É preciso ser palhaço
E cantador
Pra receber alguns aplausos
Mesmo se canção
Ainda não acabou
Sem graça
Homem riscado do mapa
Despatriado ou exilado
Qualquer coisa serve
Mas não é possível errar
sem antes se consumir em poesia
sem fazer letras como quem sangra
ou soltar a voz como quem nega
não há razão pra rever
um cantador não devoto
Enquanto esse não se confundir
Com seus afetos rendidos
Com suas ruas malditas
Nos braços de sua mulher
É preciso ser palhaço
E cantador
Pra receber alguns aplausos
Mesmo se canção
Ainda não acabou
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