Sarjeta-te
é que em amasiados pecados
já não são pútrios assim
são meninas, as mesmas
deixadas do outro lado
... do lado do céu
depois deprimem e acordam dizendo
ser Deus o culpado
porque ele não é
ele é andor que lhe traz
de volta pra casa
terça-feira, 25 de outubro de 2011
domingo, 7 de agosto de 2011
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Nuvens esquecidas
Eu tenho uma garganta de chuva
para conversar com os anjos do céu
E ouví-los
só feito calango
com o mesmo empenho
No silêncio das frestas desérticas
Em terras não sabidas
Que quase são como tempestades
As mesmas que se esquecem de nós
como as nuvens se esquecem das águas
para conversar com os anjos do céu
E ouví-los
só feito calango
com o mesmo empenho
No silêncio das frestas desérticas
Em terras não sabidas
Que quase são como tempestades
As mesmas que se esquecem de nós
como as nuvens se esquecem das águas
sábado, 16 de julho de 2011
Eis que me
Esmagado, cresci
Sangrando, melhorei
Doido, me curei
Manter, não mantive
Os olhos no brilho
O foco no riso
Valeu, mas valeu
Cada noite mal dormida
Os céus de abril
A vesga trave do meu olho
E o desgosto de aturar
A minha criança
Choramingosa
Acabando com minha madrugada
E eis que me
Torso arrependido
Desculpa, por ser perturbado
Eu, me desculpe
Não faço mais isso
Ela ficou ali
Em seu frêmito espelho
De nuvens, de hélio
De longe, de há muito tempo
Bons tempos
Sangrando, melhorei
Doido, me curei
Manter, não mantive
Os olhos no brilho
O foco no riso
Valeu, mas valeu
Cada noite mal dormida
Os céus de abril
A vesga trave do meu olho
E o desgosto de aturar
A minha criança
Choramingosa
Acabando com minha madrugada
E eis que me
Torso arrependido
Desculpa, por ser perturbado
Eu, me desculpe
Não faço mais isso
Ela ficou ali
Em seu frêmito espelho
De nuvens, de hélio
De longe, de há muito tempo
Bons tempos
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Palmas pro palhaço
É preciso ser palhaço
Sem graça
Homem riscado do mapa
Despatriado ou exilado
Qualquer coisa serve
Mas não é possível errar
sem antes se consumir em poesia
sem fazer letras como quem sangra
ou soltar a voz como quem nega
não há razão pra rever
um cantador não devoto
Enquanto esse não se confundir
Com seus afetos rendidos
Com suas ruas malditas
Nos braços de sua mulher
É preciso ser palhaço
E cantador
Pra receber alguns aplausos
Mesmo se canção
Ainda não acabou
Sem graça
Homem riscado do mapa
Despatriado ou exilado
Qualquer coisa serve
Mas não é possível errar
sem antes se consumir em poesia
sem fazer letras como quem sangra
ou soltar a voz como quem nega
não há razão pra rever
um cantador não devoto
Enquanto esse não se confundir
Com seus afetos rendidos
Com suas ruas malditas
Nos braços de sua mulher
É preciso ser palhaço
E cantador
Pra receber alguns aplausos
Mesmo se canção
Ainda não acabou
domingo, 15 de maio de 2011
Os canteiros
E pensar que suas fraudes
eram apenas um jeito simples
de lidar com o vazio do planeta
com a obviedade que é existir.
Logo depois se perverteu
da condição natural das bestas
inventou seu próprio apocalipse
e acabou com aquele mundo.
No lugar nasceram
os mais bonitos canteiros
e em sua casa um outro país.
eram apenas um jeito simples
de lidar com o vazio do planeta
com a obviedade que é existir.
Logo depois se perverteu
da condição natural das bestas
inventou seu próprio apocalipse
e acabou com aquele mundo.
No lugar nasceram
os mais bonitos canteiros
e em sua casa um outro país.
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