sábado, 16 de julho de 2011

Eis que me

Esmagado, cresci
Sangrando, melhorei
Doido, me curei

Manter, não mantive
Os olhos no brilho
O foco no riso
Valeu, mas valeu

Cada noite mal dormida
Os céus de abril
A vesga trave do meu olho
E o desgosto de aturar
A minha criança
Choramingosa
Acabando com minha madrugada

E eis que me
Torso arrependido
Desculpa, por ser perturbado
Eu, me desculpe
Não faço mais isso

Ela ficou ali
Em seu frêmito espelho
De nuvens, de hélio

De longe, de há muito tempo

Bons tempos

Um comentário:

Monique Brito disse...

Tocante... Em sua totalidade.
Mas o trecho que me prendeu por minutos foi:
"Eu, me desculpe
Não faço mais isso"

Provocou um turbilhão de lembranças e sensações...